Decisões governamentais e eventos internacionais moldam sua vida financeira e o mercado de ações de forma direta e intensa.
Impacto no Bolso do Cidadão
O elevado gasto público elevado impulsiona PIB pós-pandemia, mas hoje pressiona a inflação e eleva juros para segurar o IPCA. Com a Selic em 15% a.a., o crédito fica mais caro, reduzindo consumo e investimento pessoal.
Além disso, a valorização do dólar acima de R$6 encarece importados e combustíveis, gerando inflação importada em itens essenciais. Mais de 74 milhões de brasileiros estão endividados, e cada alta de 1 ponto porcentual na Selic afeta diretamente parcelas do cartão e empréstimos.
- Inflação tende a 5,5% em 2025, acima da meta de 3%
- Desemprego em torno de 6%, na mínima histórica
- Tarifas internacionais podem encarecer bens importados
- Bolsa Família e programas sociais sustentam renda familiar
Mesmo com desemprego baixo, a renda sofre pressão de preços altos e juros restritivos. As famílias ajustam gastos mensais, priorizando alimentos e energia, enquanto recorrem a linhas de crédito mais caras.
Impacto na Bolsa e Ativos
Os investidores enfrentam riscos fiscais e eleitorais aumentam volatilidade à medida que o arcabouço fiscal sofre exceções pontuais. O resultado é prêmio de risco elevado sobre ativos brasileiros, depreciando o real e reduzindo o apetite por ações e títulos.
Por outro lado, o protecionismo dos Estados Unidos e tarifas sobre a China beneficiam exportações brasileiras, impulsionando empresas de commodities. Esse movimento gera fluxos de capital para papéis do agronegócio, mas tensiona a inflação doméstica.
- Juros elevados inibem ações de crescimento
- Exportadoras ganham com dólar forte
- Volatilidade aumenta antes de eleições 2026
Em 2024, a incerteza política levou queda média de 10% nos principais índices. Para 2025, a expectativa é de recuperação modesta, mas sujeita a choques externos e decisões fiscais.
Cenários Políticos e Incertezas
A preparação para as eleições de 2026 já balança o mercado. Deputados e governadores articulam exceções no arcabouço fiscal para acomodar bases, minando a credibilidade do regime e aumentando a premência do prêmio de risco.
No cenário externo, o retorno de políticas protecionistas nos EUA e a guerra comercial com a China criam oportunidades e ameaças. Enquanto o agronegócio se beneficia, setores industriais sofrem com tarifas elevadas e dólar volátil.
Além disso, a alta dos juros globais encarece a rolagem da dívida pública, pressionando ainda mais contas do governo e repercutindo em possíveis ajustes de impostos.
Perspectivas e Recomendações
Diante desse panorama, é fundamental adotar estratégias prudentes para proteger seu bolso e equilibrar a carteira de investimentos. A coordenação entre políticas fiscal e monetária será crucial para estabilizar expectativas.
- Monitore decisões do arcabouço fiscal para antecipar movimentos de mercado
- Considere títulos indexados à inflação para proteger o patrimônio
- Equilibre ações de exportação e setores domésticos para diluir riscos
- Mantenha reserva de liquidez para lidar com picos de volatilidade
Em resumo, os próximos anos exigirão vigilância contínua dos cenários políticos e dos indicadores econômicos. Quem se preparar pode aproveitar as oportunidades geradas por exportações fortes e eventuais reformas, enquanto minimiza o impacto de juros altos e instabilidade fiscal.
Referências
- https://www.ubs.com/global/pt/wealthmanagement/latamaccess/market-updates/articles/brazil-in-2025-macro-outlook.html
- https://www.gov.br/fazenda/pt-br/assuntos/noticias/2025/novembro/cenario-macroeconomico-ao-final-de-2025-e-proximo-ao-projetado-pela-spe-ainda-no-inicio-do-ano
- https://sejarelevante.fdc.org.br/cenario-economico-e-positivo-para-2025/
- https://www.amcham.com.br/blog/politica-e-economia-em-2025
- https://www.ipea.gov.br/cartadeconjuntura/index.php/tag/previsoes-macroeconomicas/
- https://www.youtube.com/watch?v=gZHIkdN8kBg







